Manuscritos medievais

Manuscritos medievais

Dois manuscritos medievais portugueses entram para a Memória do Mundo da UNESCO

Os manuscritos medievais portugueses Apocalipse de Lorvão, célebre pelas suas iluminuras, e o Comentário ao Apocalipse do Beato de Liébana foram inscritos esta semana como registos da Memória do Mundo pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). Os dois livros, guardados actualmente na Torre do Tombo e na Biblioteca Nacional, fazem parte de um conjunto de 11 manuscritos feitos na Península Ibérica a partir do Comentário do Apocalipse pelo Beato de Liébana.

Silvestre Lacerda, director do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, afirma ao PÚBLICO que a inscrição dos dois manuscritos portugueses como registos da Memória do Mundo é um “reconhecimento do património arquivístico nacional” e contribui para a “internacionalização da cultura portuguesa”.

A UNESCO diz no seu site que são “considerados os mais bonitos e originais produzidos pela civilização medieval ocidental”. Os restantes documentos que também foram classificados pelas Nações Unidas são espanhóis.

Foi nas Astúrias do século VIII, tornada reduto contra a invasão muçulmana, que o padre Beato de Liébana escreveu em 786 o Comentário ao Apocalipse como uma interpretação do último livro do Novo Testamento — o Apocalipse, também conhecido como Apocalipse de S. João ou Livro da Revelação. Decidiu fazê-lo para que os cristãos comuns conseguissem entender a linguagem simbólica do texto. […]

Fonte e mais informações: http://www.publico.pt/n1711249